terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Desemprego e Exploração da Força de Trabalho


Até hoje a humanidade ainda não conheceu nenhum sistema social, político e económico que possa ser apelidado de justo... Desde os tempos mais remotos que a posse dos meios de produção e da força para os defender, foi o factor decisivo na "evolução" das sociedades.

A propriedade privada e a exploração dos não proprietários constitui ainda a única forma de enriquecimento, versus enpobrecimento de alguém...Este processo inicialmente suportado pela escravatura, adoptou formas mais ou menos esclavagistas, chegando aos nossos dias no formato que conhecemos, cuja matriz inicial se mantém...

As sociedades no seu processo "evolutivo", face ao aumento da população e dos assalariados, bem como à escassez de recursos considerados livres, associando esta nova realidade ao fenómeno do alvorecer das ditas sociedades democráticas, geraram novos valores éticos e morais àcerca das Pessoas e dos seus Direitos Fundamentais. Assim sendo, os códigos laborais e as constituições dos estados ditos democráticos, criaram um conjunto vasto de normas de protecção dos detentores da força de trabalho, seja manual ou intelectual. Todavia, o objectivo de maximizar o lucro dos empresários, escudados por grandes organizações empresariais, algumas multinacionais, adoptando critérios económicos novos, tais como competitividade, mercado e outros tidos como ratios divinos, integrados numa conjuntura em que a existência de dois exércitos de desempregados, sendo um o exército activo e o outro de reserva, tornaram os trabalhadores mais frágeis, violando quase todos os direitos conquistados com os regímes ditos democráticos... Adoptando políticas neo-liberais o estado deixou de intervir na relação entre as entidades patronais e os trabalhadores, tornando-se cúmplice desta nova era a que poderemos denominar NOVA ESCRAVATURA, na qual os trabalhadores regateiam por um salário mais baixo, de forma a garantir o posto de trabalho e, consequentemente a sua sobrevivência.